Obrigada por chegar até aqui!

Se o casal chegou até aqui é porque esta em buscas de aventura, espero que esta página traga novas idéias e apimente a relação do casal!

Abraços e divirtam-se!!

PESQUISAR BLOG

domingo, 1 de novembro de 2009

Fantasias Privadas

Fantasias Privadas
Este é um terreno de liberdade. Não têm limites e, por serem privadas, as fantasias sexuais não estão sujeitas a julgamentos externos.
Podem ser partilhadas ou guardadas só para nós. O importante é que existam. As fantasias estão para o sexo como os sonhos estão para a vida. Requerem apenas a imaginação. Mas trazem prazer e valor acrescentado.

Mick Jagger a dançar sensualmente para nos seduzir. Johnny Depp totalmente rendido, aos nossos pés, num ambiente 100 por cento romântico. Um momento fugaz com um desconhecido num local público. O nosso parceiro a revelar-nos uma faceta desconhecida, mas ardente e arrebatadora. Ou simplesmente a memória de um momento especial em que ele nos proporcionou prazer, a repetir-se vezes sem conta na nossa mente.
Toda a gente tem capacidade para fantasiar. “É um processo como o de imaginar, de recriar, de elaborar e reelaborar no espaço imaginário”, comenta a psicóloga e terapeuta sexual Ana Alexandra Carvalheira. E acrescenta: “Somos todos capazes de idealizar o parceiro amoroso, por exemplo, e a fantasia é um processo semelhante.” Mas na era do prazer, as fantasias sexuais curiosamente ainda pertencem, de uma certa forma, ao universo do tabu. E mesmo a nível académico, o assunto demorou a despertar interesse.

Freud colaborou para o ostracismo das fantasias sexuais quando, no início do século passado, afirmou: “Uma pessoa feliz não fantasia, apenas aquelas que se encontram insatisfeitas.”

Os estudos mais modernos sobre o tema, no entanto, revelam que o pai da Psicanálise estava equivocado. Sublinham que as fantasias não existem para compensar a falta de actividade sexual ou a existência de uma actividade pouco satisfatória. Destacam a sua importância para o enriquecimento da sexualidade e indicam que a associação entre as fantasias e uma vida sexual saudável é directa e estreita.

“As fantasias sexuais são actividades imaginárias sexualmente excitantes ou eróticas para o indivíduo. Têm um efeito de excitação e podem levar-nos à actividade sexual, quer na masturbação quer com um parceiro”, explica Ana Alexandra Carvalheira. Mas a fantasia não existe com o intuito exclusivo de se concretizar. “A nossa imaginação erótica fornece-nos uma espécie de palco no qual ensaiamos as nossas actividades reais. Há pessoas que concretizam as suas fantasias, ou algumas delas, e outras que não. Mas, para as que não concretizam, a fantasia não perde o seu valor”, observa a terapeuta sexual.


A fantasia pode ser uma história, um gesto, uma imagem ou um pensamento fortuito sobre sexo. Na grande maioria das vezes, gira em torno de situações normais, não bizarras, envolvendo objectos, acontecimentos ou pessoas, no caso, um parceiro actual ou do passado. Mas, para além destas mais corriqueiras, os investigadores norte-americanos Harold Leitenberg e Kris Henning descreveram no seu estudo Sexual Fantasy, publicado no Psychological Bulletin, outros três tipos básicos: as fora do vulgar ou “proibidas”, os cenários irresistíveis, e as fantasias de dominação e submissão. As primeiras lidam com ideias proibidas, parceiros invulgares, como desconhecidos ou parentes, e posturas exóticas. A segunda situação está relacionada com cenários de pura atracção e sedução. Situações irresistíveis, parceiros tentadores. A terceira, por sua vez, é expressa através de actividades sadomasoquistas ou da força física. A fantasia de ser forçada a ter relações sexuais enquadra-se neste último grupo e surge com mais frequência do que se imagina, sobretudo entre as mulheres. “Isso não quer dizer que estas pessoas queiram ser violadas na realidade. É um jogo”, refere Ana Alexandra Carvalheira.


“O cérebro é sem dúvida o órgão sexual mais importante do ser humano e permite ao homem e à mulher imaginar, criar e inventar todo o tipo de fantasias sexuais”, escreveu a psicóloga e especialista em Sexologia Clínica Marta Crawford no livro Sexo sem Tabus (edição A Esfera dos Livros).

O erotismo tem duas componentes principais, a componente sensorial e a componente do imaginário. “O imaginário é qualquer coisa de fundamental para o sexo e o erotismo. E aí entram as fantasias. A capacidade que as pessoas têm de imaginar coisas, situações, que sejam uma fonte de estimulação”, comenta Ana Alexandra Carvalheira.





“No mundo da fantasia, virtualmente, tudo é possível e não existem fantasias certas nem erradas. O indivíduo tem a liberdade de fantasiar o que bem entender, porque isso faz parte da sua realidade interior e intimidade”, escreveu o psicólogo Nuno Nodin em Sexualidade de A a Z (Bertrand Editora).

Há quem goste de partilhar algumas com o parceiro. Mas há quem prefira não o fazer. “E não há mal nenhum em não partilhar, como não o há em partilhar”, observa a psicóloga. “A partilha pode ser estimulante e excitante. E pode ser benéfica nas relações longas, quando há cumplicidade, intimidade e comunicação sexual.”

Mas se para alguns é difícil falar sobre elas, ouvir e aceitar as do parceiro também nem sempre é fácil. “Convém ter alguma cautela e bom senso quando se pretende iniciar a partilhar as fantasias sexuais com o parceiro sexual, uma vez que nem todas as pessoas reagem bem a esta ideia. Pode haver quem fique com ciúmes por saber que o parceiro tem fantasias com terceiros. Assim como também pode pensar que não está à altura das necessidades do outro e que isso justifica as suas fantasias”, escreveu Nuno Nodin. “Os homens, sobretudo, podem de alguma forma sentir-se ameaçados pelas fantasias da sua parceira. Podem pensar ou até mesmo dizer: ‘Então, eu não te satisfaço, para tu precisares de ter fantasias?’”, comenta Ana Alexandra Carvalheira.

Homens e mulheres tendem a fantasiar de forma distinta. Os estudos revelam que, para as mulheres, as fantasias desenvolvem-se de forma mais lenta, mais centrada na imaginação de carícias físicas não genitais do que no acto sexual propriamente dito. As fantasias masculinas são mais impessoais, focadas em imagens sexuais e sexo explícito, envolvendo uma grande diversidade de parceiras.





“As fantasias mais comuns das mulheres são as românticas ou aquelas baseadas na afectividade, como, por exemplo, um homem acariciando-a com ternura. A fantasia de actividade sexual com diferentes parceiros é mais comum nas mulheres mais velhas e nas que vivem com os seus parceiros”, refere a psicóloga Ana Alexandra Carvalheira, que indica que, de acordo com Francesco Alberoni, as fantasias sexuais femininas são muitas vezes tecidas sobre uma história, uma relação rica de emoções e significados. Os homens têm fantasias mais fragmentadas, imagens visuais.

A mais comum entre os homens costuma ser o sexo em grupo ou com duas ou três mulheres. Entre elas, as fantasias com famosos ou as fantasias homossexuais talvez sejam mais frequentes do que entre os homens.

Estudos revelam que cerca de cinco por cento de homens e mulheres afirmam nunca ter fantasias sexuais. “Na clínica, encontro algumas mulheres com pouca capacidade de fantasiar. Algumas revelam mesmo um verdadeiro vazio erótico, com uma ausência quase total de registos eróticos”, afirma a terapeuta sexual. “Isso pode dever-se à sua socialização repressiva, que não foi facilitadora do imaginário erótico. Voltamos à herança cultural judaico-cristã, de onde decorre o duplo padrão de moral sexual, que é permissivo e exigente para os homens e repressivo para as mulheres. Mas as gerações mais novas já sofrem menos com isso.”

Para contornar estas dificuldades, retirar a culpa é fundamental. “Esta é a regra número um. Ninguém se deve sentir culpabilizado pelas suas fantasias sexuais”, afirma Ana Alexandra Carvalheira.

Acredito que todos devem conversar com seus parceiros afim de esquentar o sexo com fantasias....se não tiverem fantasias, na internet ta cheio!


Um comentário:

  1. Acredito que as fantasias tem que ser realizadas, pois senão pode ser frustrante!
    Sou super aberta a fantasias, acho que só melhoram o sexo, aproximam o casal e tiram aquela rotina!

    ResponderExcluir